domingo, 30 de outubro de 2011

Exercício descritivo 1

(...) é uma daquelas manhas de domingo. Você acorda com o barulho da água da chuva na calha e o cheirinho de café fresco entrando pela fresta da porta aberta na noite anterior, porque assim poderia dormir com um pouco da luz do corredor batendo no seu rosto. Ainda não amanheceu..e o relógio trabalha compassadamente ao lado na comoda. Coberto pelos lençois que o protegem do leve frio da chuva lá fora você nota que a janela do quarto está embasada... e tudo o que você ve agora é uma mistura peculiar de cores quentes dos primeiros raios do sol e das frias cores da noite que ainda resiste ao dia.
Você ouve uma risada baixa, mas sincera vinda da cozinha. Você não sabe, mas seus pais conversam sobre você. Eles estão felizes por ter você em casa depois de tanto tempo. Eles não sabem, mas você também. Na verdade isso é uma daquelas coisas que a gente sente e não conta. Presume que o outro saiba...
Seu pé esquerdo repentinamente foge das cobertas e encara o frio... você apressadamente o cobre de novo. Então você se espreguiça e respira fundo.. e percebe.. a chuva ainda forte lá fora não tem apenas música própria, também tem cheiro. Um cheiro indescritível de terra e grama molhada que agora se mistura ao cheiro mais forte do café.. numa, o som da colher de metal não deixa dúvidas, numa xícara. Logo atrás da porta alguém te observa (...)

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